quarta-feira, 1 de março de 2017

Lenha na Fogueira 02.03.17

Acho que a única capital brasileira onde o carnaval ainda não acabou, é a de Rondônia, ou seja, Porto Velho.
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Não estou criticando a nossa maneira de fazer carnaval, apenas estou lembrando o quanto o povo de Porto Velho é carnavalesco.
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Amanhã e depois, ainda teremos blocos desfilando. Dia 3 os blocos Furacão da Zona Sul, Leva Eu e Tô a Tôa no circuito Jatuarana.
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E no sábado dia 4, o Bloco da PM “To de Folga” e o Axé Folia Mix no Circuito Caiari.
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Depois o carnaval em Porto Velho volta a acontecer no dia 15 de abril sábado de aleluia com os desfiles das escolas de samba.
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E tem mais, o desfile das escolas de samba, ainda pode mudar de data. Tudo depende da burocracia. Aqui é onde tudo acontece fora de época. Já teve ano que a festa junina do Flor do Maracujá aconteceu em Setembro, aliás, terminou no dia 7 de Setembro.
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A peça O Homem de Nazaré que saiu da Semana Santa para ser apresentada em Corpus Christi já foi encenada em outubro. Daqui a pouco o Natal será celebrado durante o carnaval e por aí vai. Tudo por conta de alguns assessores governamentais, que preferem dizer que estão agindo de acordo com a Lei e esquecem as datas oficiais das comemorações.
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Em Porto Velho os órgãos que trabalham a cultura e o lazer, não têm mais o poder para dizer em qual data acontecerá tal avento, tipo Flor do Maracujá, Desfile das Escolas de Samba, O Homem de Nazaré etc. Hoje quem marca a data e a hora desses acontecimentos são os setores da segurança. Aí o pobre do secretário de cultura ou presidente de Fundação Cultural fica de calças curtas, imponente para cumprir o calendário cultural da cidade e do estado.
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Não sei como deixam a Parda de Sete de Setembro acontecer, pois, pela lógica deles, no momento dos desfiles militares os homens estão marchando e por isso, ninguém se responsabiliza pela segurança da população.
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Não quero comparar o nosso carnaval de rua, com o de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, porém, o que se vê ou se viu na televisão, foi que nessas cidades e estados, dezenas de blocos se apresentam na mesma hora. E lá está a Polícia Militar garantindo a segurança.
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Aqui o evento carnaval, o único que consegue fazer o povo ficar mais alegre, haja vista a crise pela qual passa o país que é o carnaval, ninguém pode amanhecer o dia brincando. Em Porto Velho é proibido se ter momentos de descontração. Aliás, esses momentos são limitados.
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O que não tem limite, é a superlotação dos presídios, a falta de escola e principalmente de creches, São os assaltos a mão armada e nem os assassinatos por acerto de contas. O que não tem limite em Porto Velho são as ruas esburacadas, o asfalto casca de ovo, a falta de água tratada na maioria dos bairros.
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O que não tem limite em Porto Velho é a falta de respeito para com nosso patrimônio Histórico. Agora mesmo, os times de futebol da capital não podem jogar no estádio Aluízio Ferreira por falta de ambulância. Essa ambulância tem que ser paga pelos clubes. Nos blocos carnavalescos é a mesma coisa. Quem paga a equipe de primeiros socorros é o bloco.
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A pergunta é: Pra onde vai o dinheiro de tanta taxa recolhida por qualquer agremiação, seja carnavalesca ou esportiva. Essas taxas são pagas para que os órgão de segurança e saúde atuem. Porém, mesmo se pagando um absurdo para colocar um bloco na rua. Não se tem a garantia da segurança. O bloco paga banheiro químico, grade de proteção, equipe de primeiro socorros inclusive a ambulância. A Lei 190 é o pior entrave para os segmentos culturais de Porto Velho.
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Resumo: Estamos fritos!

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