sábado, 1 de outubro de 2016

Monólogos de Gêneros - uma tarde no Oi Futuro

Denise Cathilina

Ciceroneados pelo curador do Centro Cultural Oi Futuro Alberto Saraiva, jornalistas do Norte-Nordeste convidados para o Festival “Mais Performances”, participaram na tarde da última quinta feira 29, da visita guiada a mostra “Fotografia Expandida” da professora de artes visuais Denise Cathilina e a exposição “Monólogos de Gênero”, da fotógrafa Uruguaia radicada na Holanda Diana Blok que acontecem paralelamente o Centro Oi Futuro (Flamengo).
Após as explicações do Alberto Saraiva a fotografa Denise passou a descrever sobre suas experiências com fotografias, que começaram na década de 1990 e em especial sobre a produção que recebeu o nome de “Fotografia Expandida”. Na verdade, na sala onde está à exposição, não existe nenhuma fotografia, aquela que você pode imprimir e colocar num album “de família”. A artista instalou uma série de câmeras de vigilância no ambiente e as imagens captadas, são apresentadas nas paredes através de projetores instalados estrategicamente no ambiente.  “A localização dos projetores não é uma localização normal porque eu os inclino pra encaixar, que nem uma colagem” explica Denise, além disso, ela utiliza várias tecnologias inclusive com sistema analógico “apesar de estarmos na era digital”.
O efeito é impressionante, pois no momento que estamos pensando que estamos olhando fotos batidas e editadas pela artista, somos nós visitantes, os personagens da exposição. “Queira ou não queira, o visitante está literalmente na fotografia”.

A outra exposição visitada foi a “Monólogos de Gênero”, da fotógrafa Uruguaia radicada na Holanda Diana Blok. Quatro atores brasileiros e dois holandeses se caracterizaram como personagens ou personalidades icônicas e em filmes de seis minutos cada, interpretam versões originais de textos sobre amor e perda. Mateus Solano como Cinderela, Dani Barros como o poeta dramaturgo francês Antonin Artaud, Grace Passô como Martin Luther King, Matheus Nachtergaele reinterpretando a mãe, Maria Cecília e os holandeses Cas Enklaar como Liuba Andrêievna e como Hamlet de Shakespeare Abkg Haring.
As participações dos dois Mateus o Solano e o Nachtergael prendem os visitantes principalmente o Solano, pelos trejeitos caricatos que parece terem sido inseridos, com o objetivo de mostrar, que se trata de um ator travestido na doméstica e encantadora Cinderela. Enquanto Nachtergael apesar de fazer questão de mostrar os seios da “mamãe” prende os visitantes da exposição com uma ótima interpretação.

Sobre Denise Cathilina

A trajetória da carioca Denise Cathilina esta intimamente ligada ao Parque Lage, lugar onde surgiram alguns dos mais expressivos nomes da arte contemporânea brasileira. Expoente da geração 90, a artista foi aluna da escola no começo da carreira, e há anos, passou para o outro lado, atuando como professora na instituição.
Para a Oi Futuro a artista criou uma foto-vídeo-instalação imersiva, além de um conjunto de fotografias representativas das diversas técnicas, utilizadas, ao longo de sua carreira. O resultado funciona como um pequeno vocabulário, hoje simbólico, da própria história da imagem.

Museu da Comunicação

No mesmo prédio onde estão as exposições da Denise Cathilina e da fotógrafa Uruguaia radicada na Holanda Diana Blok existe o Museu da Comunicação do Brasil, onde encontramos desde os primeiros modelos de uma central telefônica, até programas de televisão apresentados por Chacrinha e Flávio Cavalcante, sem falar que você pode ouvir conselhos em viva voz, de grandes pensadores mundiais como Albert Einstein e conhecer desde os primeiros telefones até os celulares dos dias de hoje. É uma verdadeira viagem pela história da comunicação brasileira.

Nenhum comentário: